Wednesday, April 12, 2006

Aula 09 – Lei de Destruição

“Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, Antoine Laurent Lavoisier (Paris, 26/08/1743-Paris, 08/05/1794) em sua Lei da Conservação das Massas ou Lei de Lavoisier.
l-Destruição Necessária e destruição abusiva
A destruição é uma lei natural, necessária à regeneração moral dos Espíritos. Na natureza ela tem seu papel com adequada ligação ao todo e aos ciclos vitais.
A destruição se torna abusiva quando provocada antes do tempo necessário, quando praticada sem equilíbrio, com crueldade ou se for além dos limites da necessidade e da segurança.
2-Flagelos destruidores
Os flagelos atingem a humanidade em seu orgulho e vaidade, exibindo sua fragilidade e obrigando-a a avançar mais depressa. Têm o objetivo de ensinar o homem a superar seu apego material e fazê-lo trabalhar para obter o progresso, mesmo que seja apenas para as gerações futuras. Muitos flagelos são evitáveis, ocorrendo como resposta à imprevidência humana.
3-Guerras
A humanidade recorre à guerra porque ainda apresenta submissão às paixões e predomínio da natureza animal sobre a espiritual. À medida que progride, o homem deixa seu estado de barbárie, trocando as lutas sangrentas pela prática da Justiça e da lei de Deus.
Mesmo traduzindo um recurso de seres imperfeitos, durante períodos de guerra a humanidade cria inventos e soluções que surtirão em beneficios para a vida terrena, assim, as fibras sintéticas (nylon), veículos (jipe, aviões), microondas e o sonar são algumas destas criações.
4-Assassínio
Não encarnamos com intuito de ceifar a vida de nosso semelhante. O assassínio é um grande crime aos olhos de Deus, pois ao provocar a morte de alguém, interrompe-se um período de expiação ou a missão de um irmão.
5-Crueldade
O sentimento de crueldade deriva de uma condição moral inferior e não configura necessidade, como sucede à lei de destruição.
Mesmo entre as nações mais civilizadas e cultas há seres cruéis como certos grupos selvagens, pois na Terra há diversidade de homens e muitos Espíritos são de ordens inferiores e dominados pelo instinto do mal, recebendo oportunidade de encarnar entre os irmãos um pouco mais adiantados como forma de amealharem algum progresso e esclarecimento.
6-Duelo
No passado, os homens valiam-se do enfrentamento através do duelo como instrumento de solução de questões pessoais, o "ponto de honra".
Em geral, deste embate resultava um vencedor – um assassino -, e uma vítima - um suicida.
Hoje em dia não é costume o confronto de armas "homem a homem" para resolver diferenças pessoais, entretanto usa-se da espada da palavra e da arma dos maus pensamentos para atacar e ferir o semelhante.
O duelo continua sendo um atentado contra a vida e seus reais motivos são o orgulho e a vaidade, chagas que ainda comprometem a marcha evolutiva da humanidade.
7-Pena de Morte
Muitos países adotaram em seu sistema legal o recurso da "pena capital" ou "pena de morte", porém, apesar da aceitação humana, contraria-se a lei de Deus, derrogando suas leis morais, pois não se pode abreviar a vida do semelhante, mesmo com o pretexto de se punir um criminoso.
A Doutrina Espírita repudia também a eutanásia, a tortura e as práticas de mutilação, episódios cruéis em uso dentro de certas culturas terrenas.
8-A Lei de Talião
Diz a Lei de Talião: "Olho por olho, dente por dente ", mas é necessário esclarecer que tal preceito, que já teve sua validade como diretriz moral terrena, porém em tempos remotos, pautados pela ignorância e pela barbárie.
Entendemos, à luz da Doutrina Espírita, que só cabe a Deus aplicar este nível de Justiça, através de seus instrumentos que, sendo sempre justos, pretendem educar a humanidade com amor e respeito à natureza e à situação existencial de cada um.

-Bibliografia: Allan Kardec. “O Livro dos Espíritos”, q. 728 a 765.