Wednesday, May 10, 2006

Aula 13 – Lei de Liberdade

Aula 13 – Lei de Liberdade
A Lei de Liberdade funciona para os homens, dentro de limites que se lhes fazem necessários, a fim de que, exercendo-a, aprendam a ser livres e não libertinos; independentes, sem prepotência; liberais, mas não permissivos. (Divaldo P. Franco, médium, Manoel P. De Miranda, Espírito. “Loucura e Obsessão”, 6ª ed., 1994, p. 320)

1-Liberdade Natural
A vida em comunidade nos obriga a respeitar limites. Desde o convívio na célula familiar até o relacionamento em grandes grupos, como na vida pública, impõem-se a obediência a regras, obrigações, leis. Contudo, isto não impede que toda pessoa seja senhora de si, mas visa estabelecer a vida em harmonia e condições para o bem comum.

2-Escravidão
Leis ou regimes humanos que impõem o jugo de certas pessoas, povos ou raças constituem violação à lei natural. Ninguém deve cometer tal abuso de força, que é contrário à lei de Deus.
3-Liberdade de Pensamento
Através do pensamento o homem pode vivenciar liberdade sem limites. Todos somos responsáveis perante Deus do uso que damos a nossos pensamentos, especialmente na qualidade de nossas idéias e na formação de nossa atmosfera mental.
4-Liberdade de Consciência. As diferentes crenças.
“A toda criatura é concedida a liberdade de pensar, falar e agir, desde que essa concessão subentenda o respeito aos direitos semelhantes do próximo.
Desde que o uso da faculdade livre engendre sofrimento e coerção para outrem, incide-se em crime passível de cerceamento daquele direito, seja por parte das leis humanas, sem dúvida nenhuma através da Justiça Divina.
Graças a isso, o limite da liberdade encontra-se inscrito na consciência de cada pessoa, que gera para si mesma o cárcere de sombra e dor, a prisão sem barras em que expungirá mais tarde, mediante o impositivo da reencarnação, ou as asas de luz para a perene hamonia.” (Divaldo P. Franco, médium, Joanna De Ângelis, Espírito. “Leis Morais da Vida”, 6ª ed., 1994, p. 184)
Toda crença é respeitável quando é sincera e conduz à prática do bem. São reprováveis as crenças que conduzem ao mal, como as que visam semear a desunião ou estabelecer uma demarcação dos filhos de Deus.
5-Livre-arbítrio
O livre arbítrio existe no estado de Espírito, com a escolha da existência das provas e no estado corpóreo, com a faculdade de ceder ou resistir aos arrastamentos aos quais nos submetemos voluntariamente.
“O homem goza do livre-arbítrio a partir do momento em que manifesta a vontade de agir livremente; porém, “nas primeiras fases da vida a liberdade é quase nula; ela se desenvolve e muda de objeto com as faculdades.”(LE, q. 844) A liberdade de agir, portanto, é relativa, pois depende, primeiramente, da vontade de realizar algo. No princípio de seu desenvolvimento, o Espírito ainda não sabe direcionar sua vontade, senão para satisfação de suas necessidades básicas. Neste caso, prevalece o instinto. Uma vez ampliada a sua consciência, novos interesses surgem. À medida que sua vida vai se tornando complexa, o livre-arbítrio é limitado pela atuação da lei de causa e efeito, até que o ser consiga libertar-se do círculo das reencarnações e aí seu exercício torna-se pleno.” (FEESP, “Curso Preparatório de Espiritismo”, Área de Ensino, 15ª ed., 2001, p.102)

6-Fatalidade
A fatalidade se situa apenas nas provas que o Espírito escolhe sofrer quando encarna. Constituem os degraus de reparação de eventos que provocou em vidas pregressas.
Só há fatalidade com relação aos acontecimentos materiais, nunca nas opções morais.
As ações de violência, crimes ou roubos expressam atitudes pautadas por opções pessoais que não fazem parte dos planos da Criação, e quem lhes dá causa responderá mais cedo ou mais tarde por seus atos, sujeitando-se a dolorosas experiências regeneradoras.
7-Conhecimento do Futuro
O conhecimento do futuro é ocultado dos Espíritos encarnados para auxiliá-los em sua jornada terrena. A informação sobre acontecimentos vindouros poderia prejudicar o trabalho desinteressado e a busca pela perfeição, induzindo o homem aos desvios morais.
8-Motivação das Ações Humanas
Não somos fatalmente conduzidos ao mal; nossos atos não “estavam escritos”; nem estamos submetidos a um decreto do destino. Nas ações do bem ou do mal, o que se expressa são as escolhas individuais, ou seja, a ação do livre arbítrio e o uso da liberdade de cada um. Ao nos submetermos com resignação às provas que escolhemos, crescemos moralmente, buscando condições mais felizes de existência. Somos responsáveis por nossas escolhas e nossas faltas se originam das imperfeições de nosso próprio Espírito. As provas da vida podem ser vencidas com resignação, e podemos contar com a assistência dos bons Espíritos para não sucumbirmos às tentações do mundo material.

-Bibliografia: Allan Kardec. "O Livro dos Espíritos”, q. 825 a 872; Richard Simonetti, “A Constituição Divina”, 12ª ed., 1995, pp. 109 a 126.