Friday, September 15, 2006

Aula 26 – A Importância da Família

1-Casamento

A união dos seres em casais visa o aprendizado mútuo, o auxílio recíproco, a formação da família e o progresso humano. No núcleo familiar encontra-se a célula da sociedade, berço do aprendizado social, afetivo e moral.

Uma das funções do casamento é a vida sexual do casal, qualificada, além de sua importância biológica e psíquica, como importante troca de energias necessárias à vitalidade dos seres.

2-Celibato

A lei natural se harmoniza com a vida sexual dos seres, desde que exista equilíbrio.

Há institutos derivados de conceitos humanos e que contrariam a lei natural, caso do celibato. Assim , só se justifica a opção pela total abstinência sexual quando o indivíduo abraçar serviço em prol da Humanidade, visando o bem de outrem, desvinculado totalmente de qualquer idéia egoísta.

3-Poligamia

A poligamia é característica de idades atrasadas da Humanidade. Na origem das raças terrenas, os primeiros hominídeos guardavam resquícios de hábitos animais, como o de o animal macho fecundar várias fêmeas para obter maior prole. Porém, com o processo evolutivo, o trato da sexualidade aprimorou-se e a Humanidade aprendeu a situar seus laços afetivos e sua atividade sexual em relações duradouras e monogâmicas.

Ademais, conhecendo-se a Doutrina Espírita, sabemos que hábitos promíscuos, além de constituírem perigo à saúde física, transformam-se em aberturas para complexos processos obsessivos.

4-Abolição do Casamento

A abolição do casamento deixaria a Humanidade em uma condição atrasada, como vivem o animais, pois se destituiria um instituto que, mesmo com as dificuldades de cada época, destina-se ao progresso humano. Há culturas e grupos que querem “inovar” as leis e os enfoques sobre as relações humanas promovendo o que denominam “liberação” ou “vida livre”. Equivocam-se, porém, os que usam de tais abordagens para “decretar” o fim do casamento, pois este instituto é parte da Lei Natural e os que dela discordam, mais cedo ou mais tarde, a ela se rendem.

Os Espíritas, ao contrário do que muitos leigos acham, sabem que a Doutrina Espírita valoriza a família e o casamento, não concordando com a permissividade das relações livres, nem com a promiscuidade.

5-Não separar o que Deus juntou

O preceito “não separar o que Deus juntou” corresponde à consciência da necessidade da estabilidade nas relações humanas.

Jesus esclareceu que o divórcio surgiu no tempo de Moisés para atender à dureza de coração do povo, que recorria a esta alternativa por não saber agir com humildade, resignação, dedicação e perseverança em suas uniões.

6-Decepções, ingratidão, quebra de afeições

Não se deixe abater ao receber ingratidão, nem permita que isto endureça o seu coração. No orbe terrestre, o homem é suscetível a diversas imperfeições, refletindo-as em seus relacionamentos, assim, muitos alternam entre uma e outra relação, sem vivenciá-las com profundidade de sentimento.

Do ponto de vista da Doutrina Espírita, lembremos de Jesus, que apesar de se dedicar com amor e caridade, recebeu a incompreensão e a condenação da sociedade de sua época. Deve-se, portanto, lastimar o ingrato e o infiel, pois estes ainda permanecem em condição de atraso na marcha da Humanidade, mas não devemos deixar de perseverar e de acreditar no triunfo do bem e na grandeza dos propósitos de Deus na vida de todos nós.

7-Uniões antipáticas

Na Terra muitos consideram somente qualidades materiais das pessoas, quando, na verdade é necessário conhecer-se os sentimentos mais íntimos do outro para sabermos da beleza de sua alma. É o Espírito quem ama, não o corpo, disso decorrendo relacionamentos antipáticos iniciados pela busca da satisfação de orgulho ou ambição, em detrimento da afeição mútua.

8-Simpatias Terrenas

Espíritos simpáticos são os que se atraem por traços de afinidade e afeição. Na Terra, pode ocorre atrações por interesses físicos ou materiais (posição social, aparência, orgulho, amor-próprio) ou por verdadeira simpatia. A simpatia ou magnetismo entre estes Espíritos traduz-se pelo reconhecimento mútuo de vibrações semelhantes.

9-Antipatias Terrenas

A antipatia entre os Espíritos, mesmo sem prévio conhecimento de outras vidas, decorre da diversidade de pensamento. Os Espíritos bons ou de maior esclarecimento evitam os maus, lastimando sua condição. Os maus, contudo, transformam seu afastamento em ódio, inveja, muitas vezes fomentando sentimentos negativos e a prática do mal.

10-Relações simpáticas e antipáticas

As afeições dos Espíritos são mais duráveis e profundas de que os vínculos terrenos. O amor é uma capacidade do Espírito. As atrações se baseiam nas condições vibratórias, pensamentos, valores e instintos. Simpatia e antipatia podem oscilar à medida em que nos seres há aprendizado e evolução.

11-Metades Eternas

Não há união particular e fatal de duas almas. Na verdade, as relações de “almas gêmeas”, uniões eternas ou companhias permanentes, dentro do contexto terreno são as uniões de Espíritos simpáticos, refletindo-se as possibilidades de felicidade e de crescimento insertas na Terra, dentro do contexto da encarnação.

Bibliografia:Allan Kardec.“O Livro dos Espíritos”, q. 291-303a, 386-391, 695-700, 791, 937-940a; “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, c. 22; Francisco Cândido Xavier, médium, Emmanuel, Espírito. “Vida e Sexo”, FEB, Rio, c. 9.